Durante o século XIV, a Europa ocidental vivenciou o período de crise ocasionado pela Grande Fome (gerada por graves mudanças climáticas), pela peste negra e pelas guerras. Com tudo isso, começou a faltar mão de obra nos campos e a produção agrícola acabou diminuindo, isso gerou prejuízos para a nobreza feudal. Para tentar amenizar as perdas, a nobreza aumentou a exploração dos camponeses, controlando-os mais rigidamente e cobrando mais tributos dos mesmos.
Famintos, cansados e sem a proteção dos senhores, os camponeses deram início às revoltas, incendiando colheitas, fugindo, assassinando os senhores, queimando castelos, entre outras ações de rebeldia. Um exemplo dessas revoltas foi a Jacquerie na França (1358).
O nome Jacquerie vem do termo Jacque que pode ser traduzido como “João Ninguém”; era usado pelos nobres se referindo de forma pejorativa aos camponeses. Foi um conjunto de revoltas que iniciou-se de forma espontânea nas mediações de Paris e no interior da França. Os milhares de camponeses participantes praticaram os atos de rebeldia anteriormente citados, sendo bem violentos. Com o passar do tempo elas se tornaram manifestações armadas contra o poder da nobreza.
Primeiramente os nobres fugiram, abandonando inclusive seus bens. Porém, a reação das elites não demorou, e veio de forma brutal. De posse das melhores armar e de treinamento militar, cavaleiros e as tropas do rei francês Carlos II passaram a enfrentar os camponeses. O movimento foi sufocado, deixando mais de 20 mil camponeses mortos. Embora tenham sido massacradas, essas revoltas contribuíram para o enfraquecimento da servidão na Europa Ocidental.
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